
Desacato
Desacato-me de minhas
maniáticas rotinas
tão bem cameleadas
estas que incitam
as mentes de vossas
calúnias pueris
das inúmeras e históricas
monstruosidades
sejam elas científicas
religiosas ou
artísticas
sim pois até estas
corrompem-se
ao soberano e doentio
bicho-homem
integro-me
ao centro de minha
interna irreverência
esta de ser-me
toda espontânea
por meses e meses
tiranamente espreitada
devassada
por você
obsoleto carrasco...
carente de um beijo
da estrela solitária no
Cosmos
este que todas as noites
pincelou o breu do meu sono
cobrindo-me de luzídios pontinhos
Tentando embalar minha
voluntariedade
impropéria
esta que me impulsiona
a te deixar aprisionado
pela mais doce
e meiga ironia
a de todo dia
renovar-me
por entre estes fenômenos
Todos
de minha cingida
selvageria
oceânica
Violetta

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