segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Carlos Drummond de Andrade


AUSÊNCIA

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Isabela e o Ano Novo


Isabela e o Ano Novo

Isabela pensativa...
Distraída ali na janela,
Fazendo lista na cabeça
Prometendo nunca mais repetir a mesmice...
De promessa em promessa
Vai cortando velhos amigos,velhos amores
Apagando os dissabores.
Olhando o céu azul faz um pedido:
Quero um novo amor!
Um novo vestido!
Um vermelho batom!
Sorridente cantarola doce melodia....
Eufórica dança ,rodopiando ao som
Quero um novo bem!
Um novo sapato!
Um novo penteado!
Isabela otimista
Fantasia o Ano Novo....

Violetta

Lista de Ano Novo


Lista de Ano Novo

Neste Ano quero
Conhecer lugares
Apreciar bons amigos
Passar momentos alegres
Ouvir melodias infinitamente
Observar manhãs brilhantes
Adormecer em noites estreladas
Brincar na chuva refrescante
Regar meu jardim secreto
Viver emoções inesquecíveis
Perceber que as saudades , lágrimas
E dores aos poucos foram curadas
Principalmente compartilhar
Meu coração docemente com
Aquele que mais amo
Filho querido

Violetta

Ato de Viajar


Ato de viajar

Saindo pelo mundo
Pelo oceano singrando
Contornando delirantemente
montanhas
Vivendo plenamente
Distante da rotina
Somente distraída
Percorrendo belos caminhos

Enriquecendo momentos
Aprendendo com as diferenças
Modificando meu viver
Enchendo minha bagagem
De olhares e sorrisos
Perfumes e sabores.

Violetta

domingo, 28 de dezembro de 2008

Ave Maria

Cortar o Tempo


Cortar o tempo

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente

Carlos Drummond de Andrade

domingo, 21 de dezembro de 2008

Presente de Natal



Presente de Natal

Neste embrulho bonito
com laço vermelho
guardando com perfeição
O presente mais puro
Minha doce lembrança
Dos momentos outrora
Que contigo passei
Entre lágrimas e sorrisos
O amor e carinho que em ti encontrei

Violetta

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Preguiça


Preguiça
Necessito,muito longa paz
Minutos preciosos,
Sossego urgente...
Que as vozes se calem!
Que a pressa se arraste...
Me deixem aqui
Com minha preguiça
Quero dormir
O sono dos bebês
Acordar ao envelhecer

Violetta

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Azedume


Azedume

Ignoro
Abomino
A soberba
Ironizo
Deleto
Prepotência
Amaldiçôo
Condeno
A inveja
Tenho pena
Dos que
Correm
Dos que lutam
Pelo poder
Acabam
Sozinhos
Traídos
Dilacerados

Violetta

Natal


Natal

Em cada galho
Brilho intenso
Raminhos e azevinhos
Estrelas reluzentes
Em cada adorno
Sonhos e esperanças
E na ponta
O anjo
A tudo
Observando

Violetta

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Louca


Louca

Agora sigo incertos passos
Me perdendo em jardins azuis
Neste meu sereno seguir
Acompanhando o vôo do bemtevi
Contando com o tempo a me indicar
O destino dessa minha liberdade
Assim ,abrindo espaço
Para este louco viver.

Violetta

Dúvida


Dúvida

Um vazio me corrói
Uma sede me sufoca
Um saudoso olhar...
O horizonte de longe
Fico aqui a pensar
Estarei me extinguindo
Serei apenas uma brisa
Ou permanecerei intacta

Violetta

domingo, 2 de novembro de 2008

Oração Wicca


Oração aos Elementais

Pequeninos guardiões,
Seres da luz infinita.
De dia me tragam a paz,
De noite, os dons da Magia.
Invisíveis guardiões,
Protejam os quatro cantos da minha alma,
Os quatro cantos da minha casa,
Os quatro cantos do meu coração.

domingo, 5 de outubro de 2008

Preciso


Preciso
Preciso de um carinho,de um afago,de um sorriso...
Preciso tanto de um dengo,de um xamego.....
Preciso muito de um beijo,de um toque
assim...preciso tanto de um afeto......
Violetta

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Segredo


Segredo

“Então está certo assim,você me ajuda e eu não conto a ninguém o que sei!”
Disse meu coração a Deus.... no outro dia, meu pedido foi atendido,lágrimas cúmplices rolaram de meu rosto e pra sempre selei meus lábios.Segredo guardado,um pacto entre eu e Ele.Pedido atendido,uma alma feliz,um bem realizado. Agora sigo em paz ,segredo guardado,um acalento para meu ser:felicidade a quem por amor pedi.

Violetta

Desalento


Desalento

Pobre cãozinho que segue tristinho pela rua querendo um carinho,um afago,um amor...pés e mãos ora lhe afagam ,ora lhe afastam ,sem perceber que somente quer afeição...essas almas egoístas o afastam ,renegam a opção de lhe amar,simplesmente por ele ser um vira-lata pulguento....mal sabem que ele poderá ser o ser mais fiel e amoroso amigo que terão pela vida toda ,aquele a quem nunca trairá numa noite qualquer ...pobre serzinho,que perambula pela noite,ao relento,pedindo carinho.....rezo a Deus que uma alma boa lhe adote e a ele lhe dê o que nós nunca teremos ,o bem de se amar e ser correspondido......

Violetta

A espera


A espera


As mãos perfeitas passando a linha entre dedos e agulhas,firme,resoluta,pensando em seu amor,sonhando com os beijos dele,com a pele suada na sua. Um palpitar repentino lhe faz suspirar,num movimento rápido salta da cadeira e chega até a janela,observa através da tarde brilhosa as nuvens,puro algodão no azul do céu e deseja que o tempo dispare até a noite,somente assim seu desejo se consumará...volta a cadeira e pega o novelo,prende a agulha entre os dedos e inicia novo ponto,decidida a terminar logo o trabalho até a hora do jantar.Lá fora, os ruídos de passos e carros fazem com que não se sinta só,e balançando-se na cadeira começa a cantarolar baixinho, sorrindo novamente se entrega as lembranças daquele corpo,daqueles lábios .....logo chegará a noite e seu bem entrará pela porta e em sua cama quente e macia carícias lhe saciarão seu desejo., por ora somente lhe resta esperar que a tarde termine e a noite lhe traga seu amor .



Violetta

Desisti


Desisti

Desisti do amor pela dor que me provocastes
Desisti dele pelo desamor teu
Desisti assim pela tua insensatez
Desisti enfim pelo egoísmo teu
Agora vazia sigo
Contando os dias ,chorando as noites
Somente vivendo
Esquecendo que em algum tempo tua chegada me iluminava
Violetta

domingo, 14 de setembro de 2008

Amor demais


Amor demais
Então a tarde chegou, e..com ela o alaranjado do Sol,através dele o teu sorriso,teus olhos lindos...verdes...alegres...amor meu.Aguardo quieta aqui,tua chegada,tua voz macia,tua pele....
Mas..de repente o som do celular....tua voz baixinho me dizendo,não posso,estou preso...
Eu aqui,louca pra te ter dentro do meu corpo....esbravejo,amaldiçôo aqueles que não te permitem do meu lado.Meu vício é ter você,minha dor é te perder mas minha morte é deixar você livre...

Violetta

Decisão


Decisão

Ao amanhecer,ela lentamente acorda,olhando o relógio,arruma-se sonolenta,percebendo o silêncio da manhã....na cozinha prepara seu café,abre o jornal e rapidamente lê as manchetes.Mais uma vez olha o relógio,segue para o quarto e observa o retrato,ali na imagem o tempo parou,eternizando os sorrisos,agora,apenas a saudade,o vazio...Arruma-se e atentamente abre a gaveta,a decisão foi tomada,não há mais volta,em frente seguirá....chega a porta e olha a sala..um sorriso lhe desponta,.pronta para seguir seu futuro sem ELE.

Violetta

Segundos...


Segundos....

Da janela observo as pessoas lá embaixo,através do Sol percebo o vai e vem ,passos apressados,almas estressadas...perdidas..delirantes...
Bebo o café,olho o relógio e penso...logo estarei ali com eles,a correr,tentando vencer o tempo.Uma dorzinha de cabeça me palpita os pensamentos....adoraria não ter que ir,nem ter que fazer as mesmas coisas...mas agora já é tarde..o tempo me empurra e grita JÁ!
Desço correndo as escadas,me deparo com o movimento da rua,olhos cegos,passos rudes,e eu dizendo adeus aos segundos de paz,antes,em meu refúgioMais um dia a vencer,mais horas a produzir,menos tempo para aproveitar o sabor de minha vida.

Violetta

sábado, 6 de setembro de 2008

Saudades


Saudades

Sinto saudades do tempo que a alegria era imensa,absorvia os dias ,semanas e meses.
Sinto saudades das ruas ,das tijoletas, árvores que enfeitavam minhas brincadeiras.
Sinto saudades da gente indo e vindo,das risadas,do barulho dos carros, da tardinha enfim.
Sinto....assim...saudade...ouvindo o badalar do sino...
lembra..lemba..lembra......

Violetta

Saudações ao Sol


Saudações ao Sol

Ó Rei
Idolatrado
Tão esperado
Agraciando nossas manhãs
Inundando nossas moradas
Trazendo alegria aos nossos dias
Astro poderoso
Estrela brilhante
Aqueça nossas almas
Afaste nossas mágoas
Irradie nossas esperanças

Violetta

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Delírios



Delírios

Sendo um farol
Te iluminar
Ensandecer
Calor eterno
Teu corpo arder
Num murmúrio
Te amar
Num grito
Te desfalecer
E pra sempre
Num torpor
Amor meu
Te aprisionar

Violetta

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Solitária Princesa





Solitária princesa
Em sua torre escura
A lembrar....
Saudosa daquele
Que outrora lhe amou
Agora....só a esperança
O tempo parou
As horas esquecidas
Saudosa princesa
Triste em sua cela
Somente lhe resta
O Sol e a Lua

Violetta

Beija-flor


Beija-flor

Belo beija-flor
Pudera eu te pegar
Te daria ao meu bem
Serias mimo
Um carinho
Um tesouro
Belo beija-flor
Teu vôo me eleva
Embriagando meu amor
Ave sublime
Te farei presente rico
Ao meu bem
que tanto palpito

Violetta

Casimiro de Abreu


VIOLETA...

Sempre teu lábio severo
Me chama de borboleta!
- Se eu deixo as rosas do prado
É só por ti - violeta!

Tu és formosa e modesta,
As outras são tão vaidosas!
Embora vivas na sombra
Amo-te mais do que às rosas.

A borboleta travessa
Vive de sol e de flores.
- Eu quero o sol de teus olhos,
O néctar dos teus amores!

Cativo de teu perfume
Não mais serei borboleta;
- Deixa eu dormir no teu seio,
Dá-me o teu mel - violeta

(Casimiro de Abreu)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Singrando


Singrando


Singrando eu vou
Ao sabor do vento
Ao sabor das ondas
Singrando eu vou
Sentindo a brisa
Deslizando na espuma
Invadindo o azul
Singrando eu vou
Ao som da música
Ao som do vento
Ao som do mar

Violetta

Um amor que nunca foi


Um amor que nunca foi

Naquele corredor
Seus olhares se trocaram
Naquele intervalo
Se descobriram
Mas o orgulho e a indecisão
Separam para sempre aqueles corações
Agora só resta a lembrança
De um amor que nunca foi
Violetta

Tijoletas


Tijoletas

Nas tijoletas escuras
surgiam aqueles riscos
o giz contornando
minha brincadeira
naquelas tardes
sobre o cinza do chão
alegres saltos
de uma pura inocência
rolando entre pedrinhas
despertando sorrisos
sobre as tijoletas

Violetta

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pedido


Pedido

Uma vez fui até o Céu
Lá chegando encontrei-me com um anjo
Pedi a ele paz aqui na Terra
Ele me respondeu:
Pra que paz se os homens não sabem perdoar ,acarinhar ,valorizar?
Triste retornei e percebi que o anjo tinha razão....
Olhei o céu e pedi baixinho.....
Daí tempo pra que possamos aprender a sorrir,acarinhar e amar as pequenas coisas deste mundo....
E o anjo respondeu-me :o tempo vocês já o tem,só falta a vontade .

Violetta

Baile de Carnaval


Baile de Carnaval

Naquele baile se conheceram
Ao som das marchinhas se enamoraram
Entre serpentinas e confetes
A paixão ardeu
No trocar de sorrisos aconteceu....
E de seus corpos suados
O amor eterno tornou-se

Companheiros por toda a vida o são
Daquele amor dois frutos brotaram
A cada baile
Entre marchinhas e apitos
O amor renova-se
São os dois frutos
Que a cada baile
Perpetuam o amor
Da Colombina e do Pierrot

Violetta

Um cantinho qualquer



Um cantinho qualquer

Queria um cantinho qualquer
Um aconchego
Em segredo
Queria apenas estar
Sem apuros
Sem medo
Sem pressa
Queria uma hora,um minuto ,segundo apenas
Esquecida,invisível
Queria muito mudar
Esquecer e dissolver
Meus dissabores..
Não sou dona do destino
Somente observo
Sonho aqui ,talvez um dia
Encontrar meu cantinho
E dali furtiva observar
Destinos alheios

Violetta

Eu e minha solidão


Eu e minha solidão

No azul da noite
Sigo meu pensar
Num flutuar assim gostoso
Sob as estrelas
Traço um sorriso cúmplice
Delicioso momento este
Longe de tudo
Só eu e minha solidão
Sorrindo pela noite
Num aroma almiscareiro

Ah! Ninguém sente agora
O que percebo....
Apenas eu e minha solidão
Alegre,perambulo sob o luar
Cantarolando minha doce existência
Nesta noite azul
Minha alma plena
Goza horas sublimes
Eu e minha solidão

Violetta

A Preto e Branco

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Meu pai


Meu pai

Saudades de ti meu pai
Saudades dos teus óculos
Do teu olhar
Da tua voz
Saudades daquelas reclamações
Das risadas e dos almoços
Agora meu pai
Só tenho a lembrança
Que escorre em minha face
Provocando esta dorzinha
Em meu coração
Que palpita e pede
Um dia quem sabe
Eu ouça de ti
Filha .......

Violetta

sábado, 2 de agosto de 2008

Pablo Neruda


Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

Alphonsus de Guimaraens


Ismália», de Alphonsus de Guimaraens


Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Basilina Pereira


O TEMPO DE CADA UM

Há o tempo de germinar e nascer,
contar estrelas até o amanhecer,
sair da casca, vencer o sol e buscar
um grão de lua neste universo sem par.

Há o tempo de ser rosa e encantar,
atrair os beija-flores pra bailar,
em seguida, ser a chuva no jardim
e desenhar um arco-íris sem fim.

Há o tempo de ser o toque da brisa
e afagar o coração de quem precisa,
contagiar-se com perfume do jasmim
e espalhar aos homens mesmo assim.

Há o tempo de ser estrela e brilhar,
correr atrás do sonho até chegar,
depois plantar a noite num sorriso
às margens do caminho mais preciso.

Há o tempo de ser nuvem e novelo,
metamorfoses sem raízes, só desvelo,
a fluidez é onda ao sabor do vento
que logo passa e nunca deixa lamento.

Há o tempo de ter calma e esperar
que a ferida cicatrize, devagar,
pra depois voltar a ser vitrine
e assegurar que amor nunca termine.

Ao final , existe o tempo de partir,
nada é seguro se não há pra onde ir,
tudo se aprende e também muito se ensina
tempo vivido é Fênix, nunca termina.

Basilina Pereira

Historinha





Historinha

Pela estrada á fora
Ela vai sorridente
Lembrando feliz
Daquele beijo
O caminho é suave
O destino de flores
E dali por certo
Se vão os temores

Pela estrada a fora
Ela vai sonhando
Com deliciosas promessas
E carícias lascivas
O caminho é duvidoso
O destino é incerto
Por ali por perto
está o oportunista

Pela estrada a fora
Ela vai toda esperança
Que daquela noite
Tudo floresça
O caminho é sinuoso
O destino obscuro
Por ali por perto
Vive o dilema

Pela estrada a fora
Ela vai cabisbaixa
Escorrendo lágrimas
Pelo caminho doído
Seu destino uma lástima
Por ali por perto
Habita a mágoa

Violetta

Glenn Miller

Ray Connif

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um amor






Um amor


Ternos amantes
Em seu doce momento
Felizes em seus sonhos
Deliciosos beijos
Corpos ardentes
Ah! Um amor...
Assim tão lindos
Viviam os instantes
Mas de repente
O carinho tornou-se mágoa
Os beijos viraram farpas
O desejo .....puro asco
E as horas azuis
Surgiram negras
E o amor?Ah...este....
Virou terror!

Violetta

Brejeirice



Brejeirice

Percorro meus caminhos
Vejo o torto sorrindo
O certo tristonho
Saltitando ,cantarolo
Esquecendo devaneios, estes puros medos
Nesta brejeirice sigo
Tão pouco ouço as reclamações alheias
saboreio o ritmo de minha maluquice
Se irei me machucar?
Somente saberei a dor
Quando ela chegar
Enquanto isto... sou brejeirice

Violetta

Pedido






Pedido

Três gravetos
Um sonho
Desejo pedido
Serei atendida?
Alegria
Amor
Carinho
Ah!
O vento chegou
Levantando a poeira
Embaraçando meus desejos
Agora...
Tristeza
Medo
Solidão
Estarei esquecida?

Violetta

A espera





A espera


No salão, formosa moça
Entre a balbúrdia e sua dor
Aguarda silenciosa enquanto
A música ressoa
Pulsando sentimento
O desejo de rever aquele
Que seu peito flameja
Seu olhar tímido segue até a porta
Em vão...
A espera daquele
Que lhe feriu o coração

Violetta

domingo, 27 de julho de 2008

Na fonte


Na fonte

Entre cochichos,risinhos afoitos
Ali na fonte se deliciam
Amantes divertidos
Beijando-se esquecidos de tudo
Sob borbulhas da água
Observados pelos lampiões
Ficam ali enamorados
Os moços distraídos
Num arrulhar
Num saborear
Ali...na fonte
Segredando
Dividindo
Cúmplices
Na fonte

Violetta

Pedro Abrunhosa

Cecília Meireles


É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.


É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.


O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.


O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.


O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.
Cecília Meireles

Cora Coralina


Aninha e suas pedras

Não te deixes destruir...
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

Cora Coralina (Outubro, 1981)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Rimas


rimas

As rimas saltam
Provocando trocadilho de letras
Uma dança perfeita
A criação da poetisa
Delírio sublime
Os riscos traçando
A dor e o amor
Alegria e êxtase
Nestes rabiscos
Puro gozo
A vida brilhando nas linhas
Rico papel,rica caneta
Alegria de quem os lê.

Violetta

Meu amor em pedaços





Meu amor em pedaços


Ela com seu batom vermelho
Olhando firme meu retrato
Será a decisão certa?
Qual será o resultado?
Seus dedos suaves contornam minha face
Estarei eu perdoado?
Num repente ela me lança no sofá
Creio estar condenado....
Acende o cigarro,e cantarola baixinho
Será a nossa canção?
AH!Segundos de pura aflição....
E assim,tão calmamente
Arranca-me da moldura
Olha-me determinada
Rasgando o meu amor em pedaços.

Violetta

domingo, 20 de julho de 2008

Carta a um amigo






Carta a um amigo

Querido amigo
Hoje acordei pensando em você.lembrei do tempo de nossas risadas,nossas conversas.
Bateu uma saudade daqueles momentos,onde dividíamos as horas trocando confidências e planejando o futuro.
Por onde andas meu amigo?
Como estás meu companheiro?
Ainda lembras de mim?
Desculpe a longa ausência ,mas é esta rotina que me rouba de você....
Saiba que sempre recordo de nossa amizade com carinho e oro por você ,peço a Deus que te ilumine e que teus caminhos sejam de bons encontros.
Ah! Meu amigo,um dia quem sabe a gente se encontre,e daí talvez me aches velha,rabugenta,mas ainda sou a mesma...ainda trago nos olhos aquele brilho,aquela inocência,apesar das lições da vida...
Quando nos vermos,iremos matar as saudades,repassando nossas aventuras e desventuras entre lágrimas e risadas.
Um grande abraço meu parceiro,um grande beijo neste coração e nunca esqueça...você mora no meu coração....

Violetta

sábado, 12 de julho de 2008

Luz do Sol


Luz do Sol

Radiante luz que entra pela janela
Despertando meus pensamentos
Ilumina minha alma
Afasta o breu que tanto me assusta
Acompanha minha caminhada
Desinfetando as maldições lançadas
Ah!!Luz do Sol, alaranjada,avermelhada o que importa?!
Aquece minha morada,
Alegra meu espírito,
Provoca o brilho dos meus olhos
Abre meu sorriso,
Purificando todo o meu ser

Violetta

Sacioso Desejo



Sacioso desejo

Nas rimas do teu corpo
Navego qual barquinho
Sereno na tua pele
No rabisco dos teus lábios
Deslizo como água de córrego
E no palpitar do teu peito
Vivo todo o teu ser
Agora nestes minutos
Sem espera ,sem porquês,
Apenas este sacioso desejo
De tua alma me pertencer

Violetta