segunda-feira, 31 de março de 2008
O sorriso de Monalisa
O Sorriso de Monalisa
Pequeno
Furtivo
Silencioso
algo zombateiro
Guarda um segredo
O da dúvida:
Se é amor
Ou pena
Se é desejo
Ou chatice
Apenas
Um sorriso
Deixando
No ar
A brejeirice
Violetta
Cochichos
Coração Aflito
sábado, 29 de março de 2008
Louco amor!
Beija
Uma paisagem pra você...
O amor é...
Bem-te-vi
sexta-feira, 28 de março de 2008
quarta-feira, 26 de março de 2008
Pequeno Chalé
Pequeno Chalé
Toda vez que passo em frente a ele sinto saudade de um tempo que não vivi,sinto o perfume do café quentinho,da carne assada fumegando no velho fogão e das vozes das mucamas a cantarolarem a melodia insinuante, enquanto lidam com os serviços domésticos.Vejo no topo da escada principal a moça com seu vestido azul claro e sua saia comprida,seu coque firme,preso por uma rede e nas mãos uma sombrinha delicada...o chalé amarelo,envelhecido pelas décadas,o jardim descuidado,a fonte dos bem-te-vis seca...mas ali na porta principal, a moça com seu vestido azul a olhar o horizonte observando o mar,ouvindo as ondas quebrarem...toda vez que ali passo uma dor saudosa me invade,será minha alma passada ou apenas uma doce ilusão ensolarada?
Chalé Pequenino
Pequenino
Amarelinho
Meu chalezinho
Assim te chamo
Com carinho
Em ti sonho
Viver
Num passado
Distante
Observando
O mar
Trazendo
Barcos pesqueiros
Moços brejeiros
Amores matreiros
Violetta
Drumond
Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença,aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo Filho da Puta!!!!
Carlos Drummond de Andrade
Lua Azul
Carinho
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinícius de Moraes
terça-feira, 25 de março de 2008
Cravo e Canela
segunda-feira, 24 de março de 2008
Outono
quinta-feira, 20 de março de 2008
Suave olhar
Lugares
terça-feira, 18 de março de 2008
Quis Tanto
sábado, 15 de março de 2008
PensamentoIII
Abelardo e Heloísa
Abelardo e Heloísa
Descobriu-se o amor
Na calada da noite
O egoísmo cruel
De Tio Fulberto
Encarcerou a donzela
Entre choros e velas
A escrever bilhetes
De amor eterno
Combinando encontros
Nas sacristias
Deste puro sentimento
Nasce o fruto
Nem as núpcias furtivas
Protegem os amantes
Da vingança de Fulberto
Abelardo castrado
Heloísa no mosteiro
O amor aprisionado
Entre freiras e frades
Juras de fidelidade
Nas missivas diárias
O encontro do
Amor rebelde
De Heloísa
Com o amor
Cúmplice de Abelardo
Violetta
quinta-feira, 13 de março de 2008
Por ser....
quarta-feira, 12 de março de 2008
O que é o amor?
Ele
segunda-feira, 10 de março de 2008
Mulheres e seus Véus
Mulheres e seus véus
Andam apressadas estas mulheres
Nos pedregulhos das ruelas escorregadias
Levam consigo o receio e a angústia
Tristes almas impedidas de ver o Sol
Algemadas por seus senhores
Seguem elas assustadas
Sob o negro manto opressivo
Lindas mulheres que escondem seu sorriso
Carregam o olhar atento
de zelar por seus filhos
Oram elas por um dia
Todas lançarem o vôo da liberdade
Como libélulas na beira do mar
Bailando e morrendo ao entardecer
Violetta
domingo, 9 de março de 2008
O farol
O farol
Todas as noites
A piscar sua luz
Indicando local seguro
Aos navegantes
Fica ali o farol
Imenso ,silencioso
Testemunho da Lua
Sobre as espumas
Dos vagalhões
A salpicarem a base
Conduzindo os barcos
A uma rota livre
Dos perigosos recifes
Ele inerte,esconde
Em seu interior
Formosa moça
Que ora as estrelas
Por seu amado marinheiro
Navegante destes mares
Pede ela pela vida
E retorno rápido
Do senhor do seu coração
Violetta
A vida é uma comédia
A vida é uma comédia
Assisto um filme de Carlitos,divirtindo-me com seus trejeitos a zuar encantadoramente da ação dos indivíduos neste mundo injusto.Percebo que a vida tem seus momentos irônicos,cômicos e tristes,entretanto no final de tudo ,uma luz surge trazendo esperança de que o nosso desejo sempre se realizará,mesmo que custe por um bom tempo ou que alguns tentem impedi-lo.Lembro-me dos que não conseguiram por infelicidade do destino e reflito se de repente estava determinado a eles não obterem suas glórias simplesmente para nos ensinar o meio correto de direcionarmos nossos intentos e de como realizá-los.Portanto a vida não é um purgatótio,nem um paraíso,simplesmente ela é a cena de nossas tomadas de decisões,nossas escolhas as quais depois de certo tempo quando lembradas fazem-nos dar gostosas gargalhadas entre pequenas lágrimas a escorrer de nossas faces.
Carlito
De chapéu de coco
Bengalinha em punho
Vai o malandrinho
A passos tortos
Divertindo os espectadores
Do antigo cinematófrafo
Entre bengaladas e bigodadas
Critica a esnobe sociedade
Incitando o povo a autocrítica
Rir de suas penúrias
Delicioso malandrinho
Que faz divertir a todos
Indicando ao mundo
O quão ele é bobo
E cruel... perambula
Por toda a tela
Encantando a todos
Com seu ar de ironia bela
Violetta
Café
As horas e meu café
O ruído da chaleira anuncia que á água ferveu,a fumaça formando no ar as letras de teu nome,derramo na xícara o líquido quente e preto desta bebida que me aguça os sentidos,fecho os olhos e sorvo o café,sentindo o cheiro gostoso que inunda a cozinha.O relógio marca a hora exata daquela tarde,fecho mais uma vez os olhos e lembro do teu caminhar apressado,do teu virar de rosto e da tua boca a abrir um sorriso ao me ver naquela esquina.As horas param,sinto o teu perfume,ouço a tua voz,desejo a tua boca, preciso da tua pele..agora nesta hora de meu café vens novamente e te sorvo deliciosamente meu amor.
Meu café
Tu és o meu liquido
quente ,delicioso
Meu sabor do pecado
Esta pele morena
com aroma de amêndoa
Que aquece meu ventre
Meu sabor de veneno
Meu curare
Morro aos poucos
Em teus lábios
Ressuscito ligeiro
em teu membro
Violetta
Feiticeira
FEITICERA
Sou feiticeira da noite
E meu olhar se esconde
Todo meu corpo vibra
Ao toque de uma brisa
Sou serpente que caminha
Serpenteando tal qual dançarina
Encanto tuas noites
Você dá vida aos meus dias
Sou a feiticeira louca
Que beija a tua boca
E você sacia minha vida
Sou mulher, sou menina
Sou verdade sou mentira
Sou criança travessa
Que brinca com a vida
Hoje vou testar teus sentidos
Irei provocar teu libido
Sou feiticeira matreira
Que faz da noite uma dança
Brinque comigo nesta ciranda
Transforme teu eu também em criança
07.03.2008 21h57min
Gitana
Estrelinha
Daquelas tardes
Daquelas tardes
Deslizava pela rua
Os patins a rodopiar
No preto e branco
Das calçadas.
Gritos e risadas
Brincadeiras trocadas
O cheirinho de bolo
Vindo das janelas
Pega-pega,
Esconde-esconde,
Bolinhas de gude,
Calçada riscada com giz
Pula - pula amarelinha!
Gostosas tardes ali na rua
Entre os cinamomos
E canteiros floridos
Daquela rua,
Daquelas tardes,
Pura inocência....
Violetta
sábado, 8 de março de 2008
Lou_Salomé
Ouse, ouse... ouse tudo!!
Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!
— Lou-Salomé
sexta-feira, 7 de março de 2008
Viajar
Tolinha
Minha mãe
Florbela Espanca
Vaidade
A um grande poeta de Portugal
Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade !
Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo ! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade !
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita !
Sonho que sou Alguém cá neste mundo ...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a Terra anda curvada !
E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho ... E não sou nada! ...
quarta-feira, 5 de março de 2008
Caráter
Pobre Reizinho
Pobre Reizinho
Perambula o pobre reizinho
Pelos corredores
De seu castelo a reinar
Entre ministros e bispos
Segue o reizinho a comandar
O território agora ocupado
Explorado e habitado
Por índios,negros e brancos
Todos obedecendo
Ao preocupado reizinho
Que ora vive indeciso
Por assim possuir
Tamanho país
Ora decide
Fazer deste novo lar
Sua fortaleza
E dela prontamente
Expulsar os piratas
Que insistem em saquear
Riquezas sem fim
Deste novo mundo
Agora protegido
E chamado pelo decidido reizinho
Assim com tanto zelo de
Meu Brasil!
Violetta
terça-feira, 4 de março de 2008
Mário Quintana
segunda-feira, 3 de março de 2008
Mulher que Sou
Mulher que sou
Sou menina
Sou adulta
Sou filha
Sou mãe
Sou esposa
Sou amante
Sou santa
Sou pecadora
Sou aquela
Que amamenta
Que acalenta
Que excita
Que incita
Sou chorona
Sou brigona
Sou muitas coisas
E nada sou
Simplesmente
Sou aquela
Que de uma costela
Vim a Terra
E desde então
Homem algum
Teve cautela
E me tornou
Sua musa bela
Violetta
Divagando
domingo, 2 de março de 2008
Meu Mar
O Meu Mar
Possuo um mar
E toda vez
Que chego lá
Ele suavemente
Me recebe
Com sua espuma branquinha
A me banhar
E suas ondas brincalhonas
A me revirar
Me perguntando:
Por onde andas
Minha menina?
O que tens feito
Menina travessa?
No que divagas
Minha criança?
Em outra época
Mergulhavas em mim
Afoitamente
E colhias as conchinhas
Que eu ali depositava
Na fina areia
Por onde deitavas
A sentir o calor
Do Sol e a sonhar
Que um dia
Me navegarias
Num barquinho a vela
Descobrindo ilhas belas
Violetta
Insensatez
Insensatez
Porque meu Deus
Este ser chamando
Homem
Insiste em destruir
Com insensatez
Os pobres seres
Da natureza?
Porque meu Deus
Insiste esta criatura
egoísticamente
Explorar e torturar
Estes pobres
Denominados
Por ele assim
De animais?
Será meu Deus porque
Quer provar de vez
Que divino é?
Ou será pura
Demência de um ser
Que ainda não percebeu
Que deste mundo
Ele também nasceu?
E como estes
Indefesos animais
Ele também um dia
Poderá ser examinado
Torturado e explorado
Por um outro ser?
Violetta
É só poesia
sábado, 1 de março de 2008
Pensares
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Pensares
Quando te vejo
Assim tão quieto
Fico a pensar
Por onde
Vagueiam
Teus pensares
Será pelo mar?
Pelas montanhas?
Ou por alguma
Estrela solitária?
Será em algum lugar
Onde antes riamos
E nos amávamos
Entretidos entre
Riachos e arbustos ?
Por onde meu amor
Perambulas
Que me deixas aqui
Tão sozinha?
Ah! Meu amor!
Não sabes como
Queria tanto
Ser a reflexão
Deste teu pensar
Como dói
Não saber
Se em ti existo
Ou apenas sou
Uma leve lembrança
Daqueles dias
Que outrora
Nosso amor
Resplandecia
Violetta
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A Dança II
A Dança II
No salão os casais se unem
Deslizando sob o ritmo da valsa
Rodopiando pelo salão
Provocando reações
Estimulando sensações
A melodia transborda
Deixando no ar
Uma harmonia
Contagiante
Leques e arfar de saiotes
Cochichos e sorrisos
Afagos reservados
No salão os casais flutuam
Enquanto os amantes
Escondidos nos terraços
Trocam juras de amor
Teu jogo
Teu jogo
Palavras tolas dizes,
Desculpas falsas,
Justificam teus motivos
Pouco interessantes
A cutucar minha paciência
Me fazes rir....
Ah!!! Meu amor!
Teu jogo não me faz parecer tola
Tenho a carta que te deixará
Prisioneiro de meus desejos,
Marionete sobre minhas mãos
Obedecendo meus comandos,
Reverto este jogo e comemoro a vitória
Deliciosamente em tua boca
Violetta
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