sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Desejosa estou
Desejosa estou
Desejosa estou de teus beijos
Desejosa estou de teus dedos
Desejosa estou de teu corpo
E por assim te desejar
Apago o Sol
Aprisiono o vento
Seco o mar
E enquanto meu amor
Meu desejo tu não saciar
Neste mundo
Nada germinará
Violetta
Poetando
A Bela e o Astro
A Bela e o Astro
Deitada na cama
Observa a bela
A foto do seu astro
Admirando-lhe o sorriso
Que de tão belo
A faz sonhar
Que um dia
Lhe beijará a boca
Carnuda idolatrada
Permanece ela
Neste mundo
De sonho
Delirando a pobrezinha
Mal sabe ela
Que deuses e astros
Vivem a seduzir
As pobres moças
Como ela que vivem
A delirar por este
Amor em vão
Violetta
Azul sorriso
Azul sorriso
Na rua segue a moça
Atrapalhada com suas notas
Não repara ela os olhares
Dos moços admirados
Com o belo sorriso
Segue ela desviando
Do trânsito
Atrasada,
Agitada,
Não nota o elogio
Do velhinho da esquina
Ao seu belo sorriso
Pois a ela só interessa
Um certo rapaz
Que vive por ai
A lhe esnobar
O seu azul sorriso
Violetta
Desamor
Tem que sentir
Tem que sentir
Tem que sentir a chuva cair
Os pingos a pirimpilar
No pedregulho inseguro
A chuva atrapalhar
Os passantes que ali vão apressados
Desviando das poças
A encharcar seus pés
Que seguem preocupados
Pela rua apinhada
Por coloridos
Guarda-chuvas
a proteger estes
Das nuvens cinzentas
Que cobrem o azul do céu
Escondendo dos que ali passam
O flerte da Lua com o Sol
Violetta
E agora
Incerteza
Incerteza
Como é triste o incerto
Pois o nosso querer
Pode ser ou não ser
E uma aflição invade
Nosso peito
Queimando
Ardendo
Fazendo mal
Provocando o choro
Como é triste o incerto
Pois o Sol esconde-se
E a Lua distraída
Leva o sorriso da gente
Numa noite deprimente
Fazendo mal
Corroendo
Instalando o temor
E ao amanhecer
Nem se percebe
Que neste dia
Talvez possa assim
Tudo se resolver
Violetta
Sigmund Freud
A felicidade é um problema individual. Aqui, nenhum conselho é válido. Cada um deve procurar, por si, tornar-se feliz.
Sigmund Freud
Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!
Sigmund Freud
O estado proíbe ao indivíduo a prática de atos infratores, não porque deseje aboli-los, mas sim porque quer monopolizá-los.
Sigmund Freud
Seguindo
Seguindo
Vou seguindo meu destino
Sem me preocupar
Com as horas ou com o
Que dizes por aí,
Não ligo,
Sigo meu caminho
E nele todas
As minhas idéias iluminam
Os becos da solidão
Que tu provocastes
Caminho na chuva e os pingos
Vão tirando tuas marcas,
Agora livre,o dia fica leve e bonito
Vou esquecendo das dores
Seguindo pela estrada
Esquecendo de vez teus falsos carinhos
Violetta
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Você
Você
Roberto Carlos / Erasmo carlos
Você que tanto tempo faz
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei demais
Você que ontem me sufocou,
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade
Você que já não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci
Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade é que em mim você ficou
Você que eu não encontro mais
Os beijos que já não lhe dou
Fui tanto pra você e hoje nada sou.
Lembra
Ta combinado
Violetta
Ta combinado
Você e eu
Juntinhos assim
Pela eternidade
Zombando de quem
Maldosamente riu
Do nosso amor desfrutado
De uma maneira
Que é só pecado
Ta combinado
Você e eu
Abraçadinhos assim
Pelo nosso jardim
Colhendo amores-perfeitos
Rindo de jeito
De quem por despeito
Esqueceu que amor
Por direito só o tem
Aquele que sentimento
Lhe tem
Violetta
La vem ela
Naquele dia
O amor de meus pais
O amor de meus pais
No rádio ouço
A música de meus pais
Suave melodia
Caracterizando o amor deles
Testemunhando
a cumplicidade destes amantes
Dói lembrar...
Dói escutar...
O amor de meus pais
Um no outro
Acordes entoando
A felicidade desse amar
No meu peito uma dor de .
Nunca mais...
O piano toca a canção
E aqui a sensação de que jamais
Em tempo algum
Nesta vida
Um amor como este conhecerei.
Violetta
Linda bonequinha
Minha bonequinha
Ganhei uma linda bonequinha,
De cabelos castanhos
E rechonchudo narizinho,
Que com seus enormes olhos
Me olha assim tão inocente
Balançando suas maria-chiquinhas
Corre pra mim a pequenina
Agitando seus gorduchos bracinhos
Mal sabe ela a pobrezinha
Deste mundo cão
Suas tristes mazelas
Dorme em sono profundo
Linda bonequinha
Enquanto em meus braços
Te embalo cantarolando
Pedindo aos anjos que
Te zelem deste mundo insano
Violetta
Pixinguinha
Pixinguinha - Rosa
Tu és, divina e graciosa
Estátua majestosa do amor
Por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida pelo beija-flor
Se Deus me fora tão clemente
Aqui nesse ambiente de luz
Formada numa tela deslumbrante e bela
Teu coração junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado sobre a rósea cruz
Do arfante peito seu
Tu és a forma ideal
Estátua magistral oh alma perenal
Do meu primeiro amor, sublime amor
Tu és de Deus a soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração sepultas um amor
O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes cheios de sabor
Em vozes tão dolentes como um sonho em flor
És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim que tem de belo
Em todo resplendor da santa natureza
Perdão, se ouço confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh flor meu peito não resiste
Oh meu Deus o quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar em esperar
Em conduzir-te um dia
Ao pé do altar
Jurar, aos pés do onipotente
Em preces comoventes de dor
E receber a unção da tua gratidão
Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te até meu padecer
De todo fenecer
Teu sorriso
Me dizes
Me dizes
Me dizes para abrir meu coração
Me dizes para falar de paixão
Como posso?!
Me deixastes tão sozinha
Me ignorastes enquanto sorrias
Como posso?!
Me dizes para entregar meu coração
Me dizes para soltar minha emoção
Como posso?!
Não quisestes meu amor,tão pouco
Valorizasses minha dor
Nem meu fostes...
Provocastes o meu rancor
Violetta
Garcia Lorca
Garcia Lorca
Minha menina se foi ao mar
A Miguel Pizarro, na irregularidade simétrica do Japão.
Minha menina se foi ao mar
a contar ondas e pedrinhas,
porém se encontrou, de pronto,
com o rio de Sevilha.
Entre adelfas e sinos
cinco barcos se mexiam,
com os remos na água
e as velas na brisa.
Quem olha dentro a torre
adornada de Sevilha?
Cinco vozes contestavam
redondas como anéis.
O céu monta elegante
ao rio, de margem a margem.
No ar cor-de-rosa,
cinco anéis se mexiam.
De "Canciones Andaluzas", 1921-1924.
Nietzsche
Friedrich Nietzsche
VOCAÇÃO DE POETA
Ainda outro dia, na sonolência
De escuras árvores, eu, sozinho,
Ouvi batendo, como em cadência,
Um tique, um taque, bem de mansinho...
Fiquei zangado, fechei a cara -
Mas afinal me deixei levar
E igual a um poeta, que nem repara,
Em tique-taque me ouvi falar
E vendo o verso cair, cadente,
Sílabas, upa, saltando fora,
Tive que rir, rir, de repente,
E ri por um bom quarto de hora.
Tu, um poeta? Tu, um poeta?
Tua cabeça está assim tão mal?
- Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.
Por quem espero aqui nesta moita?
A quem espreito como um ladrão?
Um dito? Imagem? Mas, psiu! Afoita
Salta à garupa rima, e refrão.
Algo rasteja? Ou pula? Já o espeta
Em verso o poeta, justo e por igual.
- Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.
Rimas, penso eu, serão como dardos?
Que rebuliços, saltos e sustos
Se o dardo agudo vai acertar dos
Pobres lagartos os pontos justos.
Ai, que ele morre à ponta da seta
Ou cambaleia, o ébrio animal!
- Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.
Vesgo versinho, tão apressado,
Bêbada corre cada palavrinha!
Até que tudo, tiquetaqueado,
Cai na corrente, linha após linha.
Existe laia tão cruel e abjeta
Que isto ainda - alegra? O poeta - é mau?
- Sim, meu senhor, sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.
Tu zombas, ave? Queres brincar?
Se está tão mal minha cabeça
Meu coração pior há de estar?
Ai de ti, que minha raiva cresça!
Mas trança rimas, sempre - o poeta,
Na raiva mesmo sempre certo e mau.
- Sim, meu senhor sois um poeta,
E dá de ombros o pica-pau.
(Tradução de Rubens Torres Filho)
Ter 40 anos
Ter 40 anos
Ter 40 anos é somente poder
Escolher o não ao invés do sim
Decidir que o impossível
Não é assim tão possível
E não se arrepender
É caminhar lentamente
Degustando o momento
É fazer novos amigos
E reencontrar os velhos
Simplesmente fazer
Dos antigos sonhos
Novas oportunidades
Sem ansiedades,sem temores
Olhar pra trás e sorrir
Apenas viver o sabor de cada dia
Como um velho vinho
É fazer amor
E repetir sem desamor
É conversar consigo
E dar risadas dos erros
Secretamente cometidos
Violetta
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Rascunho do Poema Incerto
Saudade do beijo que não dei
Saudade do beijo que não dei
O relógio marca
A hora da tua chegada
Vens mais uma vez ,
Perturbar minha sensatez
No interior do meu ser
Tu! Que me ironizou,
Zombou do meu carinho,
Me fez chorar baixinho
Te desejando loucamente
Aqui na minha cama...
Meu delírio!
E tu, tão distante
Do meu coração,
Sem que eu possa
Dar-te meu melhor beijo
Violetta
Morte Anunciada
Cartolinha Mágica
Amo-te
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Mário
Palavras
Angústia
Poeta Tolo
Calado
E então você chegou
E então você chegou
Antes de você
Vivia assim tão sossegada
Na minha rotina
Costumeira
Naquela gostosa pasmaceira
Então assim de repente
Você chegou
Me tirando o sossego
Trazendo o desassossego
Do teu querer
Invadindo meu mundo
Embaralhando tudo
Roubando meu juízo
Me perturbando o ciso
Brincando com minha razão
Zoando da minha aflição
Violetta
Doce Olhar
Pessoa
A Dança
Desejo
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Vem pra cá
Papas da Língua - Vem Pra Cá
não ver você, não tem explicação
é caminhar pela escuridão
ficar a fim e não poder falar
querer o sim e não se acostumar
com a solidão, o medo de amar
estranho vazio no seu olhar
eu tento achar em algum lugar
o amor que você deixou pra trás
vem pra cá
vem pra cá
vem pra cá
vem pra cá
vem pra cá
não ver você, não tem explicação
é caminhar pela escuridão
ficar a fim e não poder falar
querer o sim e não se acostumar
com a solidão, o medo de amar
estranho vazio no seu olhar
eu tento achar em algum lugar
o amor que você deixou pra trás
vem pra cá
vem pra cá
vem pra cá
vem pra cá
vem pra cá
Pelos caminhos da vida
Pelos caminhos da vida
Vai, segue o caminho
Encontrarás meu rosto triste
Em todas as estradas
Os velhos caminhos
Desertos e sem fim
Que seguem sozinhos
Sem vida e sem amor
E que te querem levar
De mim
Ouvirás na voz do vento
Meu constante adeus
E meu coração batendo
No mesmo passo dos teus
Vai, segue o caminho
Encontrarás em toda parte
A minha grande mágoa
A mágoa das horas
Tão desesperada
Das noites e auroras
Ao longo das estradas
Velhos caminhos
Que não têm fim
Ouvirás na voz do vento
Meu constante adeus
E meu coração batendo
No mesmo passo dos teus
Vai, segue o caminho
Encontrarás meu rosto triste
Em todas as estradas
Estradas de sol
Varridas pelo vento
Cobertas de estrelas
Em pleno firmamento
E que te trazem de volta
A mim
Vinícius de Moraes
Moço Bonito
Moço bonito
Moço bonito dos olhos castanhos
Da boca carnuda
Do nariz delicado
Moço bonito da voz rouca
Do andar charmoso
Do sorriso gostoso
Da pele trigueira
Mexe comigo
Aumenta meu desejo
Provoca minha alma
Me alucina!
Moço bonito...
Quando apareces o dia se ilumina
E eu agradeço aos deuses
Por esta belíssima visão
Minha doce loucura
Violetta
Bicho-Preguiça
Vesti Azul
Marco Zero
MARCO ZERO
As cores revelam dores,
as dores separam vidas.
Dividem mundos e fazem guerras.
As guerras trazem a fome.
A fome, cega os olhos do seres;
que só a partir daí, passam a enxergar,
por não verem mais com os olhos.
Esquecem as cores que cobrem a pele.
Unem-se contra a fome e a miséria.
Que bom que haja, ainda, tempo aos homens,
para descobrirem onde foi o começo de tudo.
E retornem, mesmo que tarde, ao marco zero.
Descubram que as cores, distintas,
Tem, por dentro, a mesma coloração.
E que, se, o motivo era esse?
Olhem-se agora pelo avesso.
Ernesto Braga
Vó Quita
Vó Quita
Minha vó amada
Sempre a perguntar
Por onde andavam os óculos
Que vivia a usar por cima da testa
Sem perceber tornava minha tardes alegres
Com seu café de doce -de -leite e bolinhos de chuva
Minha avó querida,com seu jardim florido,com suas rosas e copos-de-leite
Sob o velho abacateiro a cantarolar
Minha fada madrinha com seu cão fiel a me proteger
Do mundo la fora que agora faço parte
Por onde andas minha avó,será no céu a me zelar ou em outra galáxia a cantarolar
Violetta
Troca de Olhares
Tesouro
Meu tesouro
Quando te vi pela primeira vez
Eras tão miudinho,pequenino,
Moreninho e cabeludinho
Pedacinho do meu ser
Meu sangue, meu viver
Quando te peguei ,levezinho
Senti vontade de te dar o mar,o Sol,o ar
Meu tesouro, meu ouro,meu brilhante
Quando te tive,ganhei um presente
Que veio do céu !
O ser mais querido e amado
Tu, meu filho adorado!
Violetta
Gato Preto
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